Calhaus
Um gajo de braço ao peito vai almoçar ao self-service integrado numa comitiva de uma dezena de homens, após uma reunião enfadonha. Está bom de ver que foi pouco colorida, mas há meios profissionais ainda muito cinzentos. O gajo coloca o tabuleiro em cima daquela estrutura onde irá deslizar, sendo ornamentado com pratos e outros utensílios ligados à gastronomia. Chega ao fim do percurso e a simpática senhora da máquina registadora pergunta-lhe se quer que lhe leve o tabuleiro à mesa.
Um gajo de braço ao peito, nada parecido com os rapazes que passaram a desfilar nas novelas dos serões da TVI, entra no metro a caminho de casa, empenhado que está em não conduzir só com a mão direita, mesmo tendo chegado à conclusão que uma fracção significativa dos condutores o faz, pois a mão esquerda serve para levar junto ao ouvido provavelmente para o proteger das buzinadelas constantes dos restantes condutores. Vê uma senhora já madura a convidá-lo, com um sorriso discreto mas caloroso, para ocupar o lugar que detinha em igualdade de circunstâncias com outros homens de idade igual ou inferior.
Ter um braço ao peito é similar a passear sozinho com um bebé no carrinho: as mulheres presenteiam-nos com belíssimos sorrisos mas não podemos tirar vantagem da situação. Embora um braço ao peito seja muito pouco limitativo, no fundo a única consequência é que a mão respectiva está diminuída no raio de acção. Mas as mulheres deixam bem claro que o sorriso é em tempo de tréguas, como nas brincadeiras de miúdos em que se grita “casas!”.
Espero não me esquecer de certos detalhes, no futuro. A ver se me torno menos calhau. Um gajo não fica paneleiro se levar o tabuleiro de outro, temporariamente incapacitado.
Um gajo de braço ao peito, nada parecido com os rapazes que passaram a desfilar nas novelas dos serões da TVI, entra no metro a caminho de casa, empenhado que está em não conduzir só com a mão direita, mesmo tendo chegado à conclusão que uma fracção significativa dos condutores o faz, pois a mão esquerda serve para levar junto ao ouvido provavelmente para o proteger das buzinadelas constantes dos restantes condutores. Vê uma senhora já madura a convidá-lo, com um sorriso discreto mas caloroso, para ocupar o lugar que detinha em igualdade de circunstâncias com outros homens de idade igual ou inferior.
Ter um braço ao peito é similar a passear sozinho com um bebé no carrinho: as mulheres presenteiam-nos com belíssimos sorrisos mas não podemos tirar vantagem da situação. Embora um braço ao peito seja muito pouco limitativo, no fundo a única consequência é que a mão respectiva está diminuída no raio de acção. Mas as mulheres deixam bem claro que o sorriso é em tempo de tréguas, como nas brincadeiras de miúdos em que se grita “casas!”.
Espero não me esquecer de certos detalhes, no futuro. A ver se me torno menos calhau. Um gajo não fica paneleiro se levar o tabuleiro de outro, temporariamente incapacitado.
11 Comments:
Onde andaste tu a meter o braço?
(Esta malta esquece-se que já não tem 20 anos nem a ginástica de outros tempos e depois...:-)))
Ai tu não percebeste?!? Realmente, o cabeleireiro faz-te mal. Foi no bosque que tu sabes, pois foi...
(Mas com 21 ainda não se é cota :-)))))))
Perceber até percebi, nunca julguei foi que fosses capaz de o contar :-)))))
Venho agradecer a tua simpatia. Muito obrigada.
fez dói-dói?
ah... andou a brincar aos médicos e às enfermeiras?
tadinho!
beijinho para curar depressa!
as melhoras...
Fausta, agora é que estou em condições de poder brincar, caso chegue ao conhecimento com uma profissional da área de saúde. Ou até alguma que, não o sendo, tenha jeito para a coisa.
Psique, obrigado!
Espero que te restabeleças rapidamente e aproveites bem toda a disponibilidade e simpatia que te mostram. Vai perguntando se alguma é fisioterapeuta e te pode dar umas massagens. ;)
espera só até andares de canadianas. aí é q vais ver o q sao mordomias :)
As melhoras. E abusar, abusar é a palavra de ordem. Ninguém fica paneleiro por ter ajuda. Acho eu... mas eu já não sei nada ...
Normalmente os gajos andam mais preocupados em não parecer paneleiros do que em ser sensiveis.
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