2008/07/08

Novas oportunidades

Quando a Maria Árvore falou em segunda oportunidade a propósito da mensagem anterior eu rejeitei instantaneamente a expressão, sem meditar a sério no assunto. Mas fiquei a pensar nisso e agora já posso dizer que, na minha opinião, uma segunda oportunidade é destinada a quem falhou na primeira. Acontece que na situação em causa, que não vivi na primeira pessoa, e só tenho que agradecer à providência, seja ela qual for, por isso, e, portanto, não me garante o melhor ponto de vista para escrever estas linhas, mas à qual assisti com alguma proximidade, não me atrevo a dizer que o príncipe falhou. Ele não cometeu qualquer outra falha que não fosse ter confiado que tinha escolhido a pessoa certa.

Nesta base de raciocínio, que até antevejo limitada pelo pensamento masculino pelo menos no julgamento que as atentas leitoras destas linhas certamente lhes farão, não há razão nenhuma para que a personagem principal altere a sua conduta numa relação futura. Isto a menos da redobrada dose de cepticismo que tradicionalmente passa a rodear a forma como encaram cada uma das novas amizades que fazem. Sendo assim, mais não se trata do que a repetição de todos os passos, agora com alguém ao lado desejavelmente mais empenhada e decidida.

Tenho para mim que continua a haver uma quantidade significativa de pessoas que acreditam no casamento como opção de vida. Fundamentalmente, e agora já falo em nome pessoal, por duas razões: porque a família constitui ainda uma escolha para o sentido da vida e porque a associação entre duas pessoas potencia a intensidade de sentimentos e o apuro dos sentidos. Muitos factores externos influenciam a relação, sendo o sucesso profissional um dos mais importantes, não permitindo muitas vezes a chegada ao patamar da aceitação mútua da personalidade do outro.

Sem querer já aqui levantei assuntos com pano para mangas, a ver se tenho fôlego para mais.

4 Comments:

At 10:32 da tarde, Blogger Maria Arvore said...

Peço desculpa do atraso mas... tenho literalmente andado a dormir na formatura.

Começo por dizer que uma nova oportunidade, a meu ver, não implica falhanço da anterior. Porque os contextos mudam, as pessoas mudam - como dizia o Camões ;)- e por isso o que foi sucesso numa determinada época pode deixar de resultar noutra.

Não creio no «para sempre» e julgo que mesmo os casais estáveis ao longo de muitos anos fizeram adaptações na sua relação ao longo do tempo que resultaram e por isso, se mantiveram unidos.

 
At 10:56 da manhã, Blogger Teste Sniqper said...

Pedindo antecipadas desculpas pela “invasão” e alguma usurpação de espaço, gostaríamos de deixar o convite para uma visita a este Espaço que irá agitar as águas da Passividade Portuguesa...

 
At 2:13 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Pois, eu estou como a Maria Árvore, o "para sempre" é definitivo demais, o melhor é aproveitar ao máximo o momento e melhor, sem precisar de segundas oportunidades ;-)

 
At 9:21 da manhã, Blogger robina said...

Então, sai post?

 

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