2005/07/22

Filosofia barata

Não há verdades absolutas. Mesmo a certeza de que um dia descansaremos em paz, no limite porque não havendo quem nos foda o juízo estaremos na dita, não é passível de confirmação enquanto tivermos a capacidade de abrir os olhos todas as manhãs.

Não há amor, nem paixão, nem uma grande foda, não há felicidade. Há um amor para cada um, e assim por diante. Haverá dois amores na vida? Para alguns sim, até poderá haver três ou quatro ou uma infinidade deles. A grande foda fará com que todas as outras sejam fodas mal dadas? Alguns dirão que sim, que viveram para aquele momento. Outros dirão que cada foda tem uma época, se calhar que nunca deram “A” grande foda, mas que houve algumas bem boas. Certamente alguém dirá que uma foda não dada está perdida para sempre.

Os optimistas, pobres mentes sonhadoras habitantes do mundo da ilusão, sempre na esperança de encontrar o prémio na próxima esquina, aprendem que as surpresas boas aparecem muitas vezes onde menos esperam. Têm a única virtude de as procurar, ainda que saibam que o mais provável é levarem pancada novamente. Mas desde que não mate, sempre hão-de sobreviver até à próxima.

Que seria destes poetas e escritores armados em intelectuais que pululam nesta caixa asséptica se cada sentimento tivesse uma única interpretação igual para todos? Deixaríamos de fazer esta filosofia barata, de lojas dos trezentos ou das outras dos invasores asiáticos. Foda-se, além de começares a falar mal nesta página, não deves ter mesmo mais que fazer...

1 Comments:

At 3:05 da manhã, Blogger (in)confessada said...

"Não há verdades absolutas." - numa frase disseste tudo.
o k hoje é verdade, amanhã é a mais pura das mentiras.
o k para uns é uma absoluta certeza, para outros n é mais que uma dúvida constante e insolúvel.

gostei mto (como sp)

bjo confesso

 

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