Meme
A nossa vizinha construtora dos mais imaginativos momentos de intimidade a dois desafiou-me, já há dias, para deixar aqui o meu “meme”. Sim, aquela coisa do legado cultural, experiência de vida ou quem não ficar satisfeito com isto que escreva a palavra no motor de busca e veja a definição wikicoisa.
Para além do facto de que anda tudo doido e o meu tempo para escritas não técnicas, ou não necessariamente técnicas, estar a secar como uma esponja no deserto, se calhar tem a ver com aquela desgastada palavra que só deixa de ser usada quando a dita já passou, a tal da retoma, a demora neste postal deve-se a querer escrever mais alguma coisa além das duas frases que referirei, também já mais lavadas do que os jeans com o azul de que a gente gosta. Infelizmente não tenho a imaginação suficiente para traduzir os meus “memes” em linguagem matemática, ou até simplesmente gráfica, mas cada um é para o que nasce e para aquilo em que pode despender o tempo de que dispõe.
Tudo isto para preparar uma das enormidades que, felizmente, vou dizendo cada vez com menos frequência. Mas hoje vai sair uma, que é, toda a educação que dou aos meus filhos é um “meme” constante. Às vezes não é grande “meme”, quando não sou capaz de manter aquela postura de “o pai tem sempre tudo sob controlo e não precisa de se zangar nem de levantar a voz”, ou, dito de uma forma mais prosaica porque os miúdos não vão ler isto, quando o pai não sabe o que fazer ou dizer e se comporta como um puto adolescente. Para quem me vai conhecendo não é novidade, eu faço parte de um grupo não organizado que se caracteriza por ser ateu com um cariz fortemente cristão. Já o era antes de o ouvir da boca do Professor Machado Vaz. Tem este grupo, e isto sou eu quem o diz, a vantagem de não estar obrigado a confessar os seus pecados, pese embora se sinta desconfortável quando se deixa escorregar.
Posto isto cá vão dois lugares-comuns a que atribuo muita importância. O primeiro comprei como um ditado chinês: “Tem cuidado com aquilo que queres pois pode tornar-se realidade”. Ainda recentemente eu queria andar a escorregar de bicicleta em cima das pedras do monte. Agora já não vou ao monte há três meses, embora tenha voltado a andar de bicicleta. O segundo é algo que pratico em mim próprio com intensidade crescente, mas que ainda tenho que intensificar: “Devagar, que tenho pressa”. Ainda ontem, a caminho de casa, escolhi a saída errada de uma rotunda. A tentação foi a de seguir em frente, para não perder tempo, mesmo tendo de percorrer mais alguns quilómetros. Preferi parar e fazer inversão de marcha. Mas custou-me imenso.
Para além do facto de que anda tudo doido e o meu tempo para escritas não técnicas, ou não necessariamente técnicas, estar a secar como uma esponja no deserto, se calhar tem a ver com aquela desgastada palavra que só deixa de ser usada quando a dita já passou, a tal da retoma, a demora neste postal deve-se a querer escrever mais alguma coisa além das duas frases que referirei, também já mais lavadas do que os jeans com o azul de que a gente gosta. Infelizmente não tenho a imaginação suficiente para traduzir os meus “memes” em linguagem matemática, ou até simplesmente gráfica, mas cada um é para o que nasce e para aquilo em que pode despender o tempo de que dispõe.
Tudo isto para preparar uma das enormidades que, felizmente, vou dizendo cada vez com menos frequência. Mas hoje vai sair uma, que é, toda a educação que dou aos meus filhos é um “meme” constante. Às vezes não é grande “meme”, quando não sou capaz de manter aquela postura de “o pai tem sempre tudo sob controlo e não precisa de se zangar nem de levantar a voz”, ou, dito de uma forma mais prosaica porque os miúdos não vão ler isto, quando o pai não sabe o que fazer ou dizer e se comporta como um puto adolescente. Para quem me vai conhecendo não é novidade, eu faço parte de um grupo não organizado que se caracteriza por ser ateu com um cariz fortemente cristão. Já o era antes de o ouvir da boca do Professor Machado Vaz. Tem este grupo, e isto sou eu quem o diz, a vantagem de não estar obrigado a confessar os seus pecados, pese embora se sinta desconfortável quando se deixa escorregar.
Posto isto cá vão dois lugares-comuns a que atribuo muita importância. O primeiro comprei como um ditado chinês: “Tem cuidado com aquilo que queres pois pode tornar-se realidade”. Ainda recentemente eu queria andar a escorregar de bicicleta em cima das pedras do monte. Agora já não vou ao monte há três meses, embora tenha voltado a andar de bicicleta. O segundo é algo que pratico em mim próprio com intensidade crescente, mas que ainda tenho que intensificar: “Devagar, que tenho pressa”. Ainda ontem, a caminho de casa, escolhi a saída errada de uma rotunda. A tentação foi a de seguir em frente, para não perder tempo, mesmo tendo de percorrer mais alguns quilómetros. Preferi parar e fazer inversão de marcha. Mas custou-me imenso.
4 Comments:
O 1º, também tenho bastante cuidado com ele
já o 2º, irá ser dificil conseguir, alguma vez, pôr em prática.
Marta, há uma grande dose de relatividade no segundo. Se eu for a 50 à hora, 30 é andar devagar. Mas se se for a 180, 150 é que é devagar. Tal como disse no texto, eu próprio tenho grande dificuldade em desacelerar. Mesmo que ande devagar.
Primeiro, gostaria que não me fizesses corar com elogios que eu tenho uma imagem de durona a mantaer. ;)) É que isto de construir a intimidade em público implica tomates. ;))
É que como tu não resisto a ser "ateia com um cariz fortemente cristão" e tenho de amar os outros conforme os meus pais me amaram.;))
E os teus "meme" são avisados na relatividade que existe em tudo. :) Essa pressa de viver, vivendo cada momento, realiza mesmo. ;)
Maria, a grande pica que me resta é fazer corar as duronas ;)
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